«Desses não temos»...

        [20-10.019]


Hoje vi um sol pleno!
Viva o sol!... Um céu sempre cinzento, carrega tristeza...
Domingo é dia de visita para quem está mais preso do que o habitual...Foi-se até à vila mais próxima,burgo muito mais antigo do que o início da nacionalidade. O granito  de grão miúdo, lavrado a preceito, embeleza as paredes, cornijas, corrimãos , escadas e vãos de escadas, com portas e janelas fechadas com blocos de cimento para se evitar serem indesejadamente assaltadas e ocupadas. Todos os estilos arquitectónicos parecem estar por aqui representados , numa confusão talvez menos feliz, sobretudo porque nem sempre a mistura entre antigo e moderno, sobrepostos sem preocupação estética alguma, perturbe um olhar atento.No meio de tudo isto, salva-se o património religioso e um ou outro apontamento de requalificação camarária nos jardins, praças e arruamentos.
Não havia de poder-se construir casas novas quando houver construções abandonadas que se degradam sem remédio entregues, por incúria, à ruína iminente...
Para o fim do dia, levantou-se vento e fez frio...
Lá tenho de ligar de novo o ar condicionado...Detesto!

     ***
À hora do chá esqueceu-me de todo o nome dos jesuítas, palmiers ou como lhes queiram chamar. Cansada, enregelada, pedi chá, café e "dois bolos daqueles que se partem todos"... A empregada - ou patroa, não sei -  olhou-me sem sorrir e respondeu virando as costas - Desses não temos.
Ri e fui ao balcão indicar o que desejava. Sem outros comentários, que a senhora era tudo menos simpática ... Esta é mesmo assim, já percebi. Nunca mostra os dentes.

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