Violetas africanas e outros...



 Violetas africanas.




São violetas africanas que gostam de sol não directo, mas de muita claridade, um pouco de terra, alguma água e muito calor. Por isso há anos em que não se dignam florir.

Este ano floresceram ambas e mantiveram as flores durante toda a época primaveril. De repente ficaram murchinhas, com algumas folhas extremamente fragilizadas, a apodrecer. Contudo, já criaram folhas jovens, lá no meio, bem rijas, de um verde muito tenro.


Portugal, sobretudo no norte rural, é o local das "alminhas".  São estas humildes monumentos de índole funérea , dado que servem para perpetuar a morte mais ou menos violenta de alguém no exterior  e construídas de formas e com materiais muito variados.
Destinam-se a suscitar, junto de quem passa, uma oração que intermedeie  junto das potências divinas o perdão para os pecados da vítima do crime violento e também do autor deste, para que a vida para lá da morte se perpetue na graça do Altíssimo. Daí que normalmente haja uma cruz simples, ou com o crucificado, por norma de pedra da região, ou mármore, ou simples madeira, marcando o local em que a drama ocorreu.
Esta estela é um exemplo bastante original de um destes monumentos virado a poente.
 Flores e frutos.  
Há plantas que exigem escolher o local para morarem, porque, se este não lhes agrada, morrem ou nunca mostram um sorriso florescido, ou sequer se desenvolvem.

Há pessoas assim também: só conseguem florir quando reunidas as condições necessárias para tal.  E adoecem; e, muitas vezes, também morrem.

Há quem diga que as plantas não sofrem... Sofrem, sim senhor!: sede, fome,negligência,  maus tratos. E nem sempre reagem bem às inúmeras adversidades do quotidiano, tal como as pessoas.
Tudo na natureza tem algum grau de sensibilidade. A própria pedra reage à erosão dos elementos e à brutalidade dos humanos que a manipulam a seu bel-prazer.
Os planetas, no seu todo, interagem entre si com todos os outros seres no universo sideral sendo autores ou vítimas dessa interacção.
O primeiro vaso de antúrios morreu-nos, há já uns anos. Este aqui já deu uma muda - gostou do local e um e o outro passam florindo ao longo do ano. 






Esta corola encarnada e brilhante,  parecida com a crista de um galo altaneiro, foi, este ano, a primeira papoula. A semente dela representou um daqueles milagres com que a natureza nos brinda:  - - aparecida junto ao muro do quintal e então recolhida, não gostou do local e, no ano seguinte, apareceu em local bem exposto ao sol, onde ainda se encontra.
Rezo para que não desapareça!...
De uma forma única, este momento florido marcou o fim da Primavera de 2019.

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