Hoje?
Não, hoje há névoa e cinzento. Não foi hoje. Hoje o dia é de tristeza por quem nos deixou contra vontade. Hoje é dia de recolhimento e de saudade.
É dia de oração.
E a única luz que vi brilhar veio das velas que acendi por alma de quem partiu.
Contudo…
. . . num dia, destes dias outonais, sob um céu incrivelmente azul, um Sol de Outono brilhava luminoso, doce, suave. Entrava por uma janela aberta sobre o mundo do desconhecido, mundo onde o vírus covid passeava nos pés e hálito de quem passava, no meio de árvores, algumas belas flores e muita verdura.
Felizmente para os passantes, parecia nada se encarniçar na angústia de os fazer sofrer …
E soube tão bem…!. . . apreciar um Sol ao natural, morno e doce como um terno abraço, gozando a temperatura da estação que passa… como tudo passa… e sentir-se iluminado no todo por este belo e doce dia de Sol outonal, quase isento de aragem, mesmo que se sinta por dentro todo um coração em estilhaços!...
Das cores e imagens luxuriantemente quentes de um Outono - às vezes raivoso, e que até vai molhado - guardo dentro de mim o tom cintilante de um céu muito azul e a suavidade do abraço solar, num belo dia luminoso e tépido, num abrir da janela sobre o mundo…
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